Nesse 08 de março, homenageamos algumas das mulheres nordestinas arretadas, guerreiras, revolucionárias e inovadoras que fizeram história do País e do mundo, impactando e influenciando milhares em suas áreas de atuação e pelo próprio direito feminino.
Maria da Penha: Cearense, nascida em Fortaleza, e farmacêutica brasileira, que lutou por quase 20 anos para que seu agressor viesse a ser condenado. Maria da Penha tem três filhas e hoje é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres. A Lei Federal 11.340/06 que protege defende mulheres vítimas da violência cometidas por questões de gênero leva o seu nome.
Jaqueline Góes: Biomédica e pesquisadora baiana negra, ela é um exemplo de mulher na ciência. Foi uma das coordenadoras da equipe responsável pela sequenciação genético do vírus SARS-CoV-2 apenas 48 horas após a confirmação do primeiro caso de COVID-19 no Brasil. Além disso, está ligada à sequenciação do vírus Zika. Possui mais de 22 artigos publicados em renomadas revistas científicas internacionais e acumula premiações por suas pesquisas em biomedicina. Ano passado, foi homenageada pela fabricante de brinquedos Mattel com sua versão Barbie.
Ana Néri: Enfermeira baiana, pioneira da enfermagem no Brasil. Para acompanhar os filhos convocados para a Guerra do Paraguai, se voluntariou como enfermeira durante o conflito. Apesar dos recursos escassos e um número enorme de doentes, fez um trabalho exemplar. Foi condecorada e recebeu homenagens do imperador D. Pedro II. O dia do enfermeiro é celebrado até hoje em 20 de maio em função do dia da sua morte.
Irmã Dulce: Foi uma religiosa católica, nascida em Salvador (BA), em 1914, que dedicou a sua vida a ajudar os doentes, os mais pobres e necessitados. Foi beatificada pelo Papa Bento XVI, em 10 de dezembro de 2010, com o título de Santa Dulce dos Pobres. O milagre reconhecido pelo vaticano da religiosa baiana foi a cura de uma mulher considerada morta após o parto. Outro milagre envolvia a cura da visão de um músico que ficou cego por 14 anos.
Nise da Silveira – Médica alagoana que revolucionou a psiquiatria no Brasil. Contrária a tratamentos com eletrochoques e camisas de força, Nise deixava seus pacientes esquizofrênicos se expressarem através da arte, conseguindo evoluções em seus quadros médicos. Com as pinturas produzidas por seus pacientes, criou o Museu de Imagens do Inconsciente.
Rachel de Queiroz: Foi primeira mulher a possuir uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, em 1977. Escritora, jornalista, tradutora e dramaturga, foi pioneira na literatura brasileira. Ela nasceu em Fortaleza (CE), em 1910, e ainda muito jovem, com apenas vinte anos, destaca-se através da publicação do romance “O Quinze”. Também a primeira a receber o prêmio Camões, o mais importante da Língua Portuguesa, em 1993.
Marta: Considerada a melhor jogadora da história do futebol feminino, a alagoana já ganhou o prêmio de Melhor do Mundo da Fifa seis vezes, de 2006 a 2011. Foi indicada 12 vezes em 13 anos. É também a maior artilheira da Seleção brasileira – tendo mais gols com a camisa 10 do que Pelé. Ela também foi nomeada como embaixadora da ONU.
Lia de Itamaracá: Maior cirandeira do Brasil, a pernambucana tem os títulos de Patrimônio Vivo de Pernambucano, dado pelo governo do estado, e da Doutora Honoris Causa, dado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Recebeu também a Medalha do Mérito Cultural, dada pelo Ministério da Cultura do Brasil. Tendo sua importância reconhecida internacionalmente, a cantora, compositora e dançarina foi denominada “Diva da música negra” pelo The New York Times.
Juliana Coelho: Aos 32 anos, a pernambucana Juliana Coelho será a primeira mulher a assumir o cargo de head global do modo de produção da Stellantis, uma conquista pessoal e para a diversidade do setor automotivo. Formada em engenharia química com pós-graduação em Petróleo e Gás, a executiva iniciou sua carreira em 2013, como especialista de processo de pintura no primeiro time de funcionários do Polo Jeep em Goiana (PE). Em 2020, assumiu o post de gerente da mesma fábrica, sendo a primeira mulher a ocupar essa posição na então Fiat Chrysler Automóveis (FCA).
Alzira Soriano: Primeira prefeita do nosso país. Foi eleita para o maior cardo do executivo de Lajes (RN), em 1929, aos 32 anos, antes mesmo das mulheres terem direito ao voto. Afrontando o Congresso envolvida pelos ideais feministas da época, disseminou suas ideias liberais agradando a população. Infelizmente foi deposta com a Revolução de 1930.
Feliz Dia Internacional da Mulher! 🖤💛